Sobre Mim
A vida pode ser o sonho
que inicias todos os dias
Há sorrisos que nascem connosco. Os meus foram sempre muitos!
Lembro-me deles a cada instante, mas também me lembro que, um dia, voltei a aprender a sorrir.
Cresci numa família, como tantas outras, com os seus limites, com os seus acreditares, com o seu modo de estar. E, nesse modo, sempre me desencontrei. Furei as expectativas pequenas, furei os limites que não me deixavam voar, furei as verdades que não eram minhas. Isso nem sempre foi pacífico, sereno, sem dor… mas sempre foi com confiança. A confiança, aprendi mais tarde, é o que temos de mais precioso para viver…
Apesar dos obstáculos, segui os meus sonhos, o meu passo, os sorrisos
que conhecia. Estudei, trabalhei para estudar e, num piscar de olhos,
parecia ter na mão todos os meus sonhos. Cresci no emprego, destaquei-
me profissionalmente, casei, tive a minha primeira filha e vivi, durante
algum tempo, uma vida de sonho.
Até que, um dia, acordei.
Acordei e não reconheci o sonho, o sorrisos, a vida que não tinha...porque o que tinha era tudo o que, um dia, havia decidido furar, ultrapssar, afastar...e, no entanto, lá estava. Vazia.
Com aquele sorriso que não se sente, porque, às tantas, percebemos que o amor pode ser uma coisa estranha…
Separei-me. A vida prosseguiu. Os meus sorrisos também. Voltei a apaixonar-me. Mas, quando acreditamos que é no outro que nos encontramos, acreditamos também que, afinal, somos apenas a metade de nós.
E as metades nunca são completas, mesmo quando, a um se junta o outra. Dessa relação, nasceu a minha segunda filha. E, de novo, me separei. Ficámos as três. Eu continuei incompleta, metade de mim mesma, perdida de ser quem não sabia bem quem era, mas conformada.
Conformada de que
os sorrisos são assim
...feitos mais para mostrar do que para sentir.
Continuei a viver aquela rotina comandada pelo que os outros ditam sobre quem devemos ser, numa estabilidade nebulosa, mas que nos conforta, porque não nos obriga…a sonhar, a querer, a desejar…a sentir mais do que sentimos.
Fui andando… até ao dia em que a vida me parou. Um acidente, imobilizou-me o corpo e, às tantas, o meu mundo desmoronou-se… e eu fiquei, ali, parada. Presa aos outros.
E de tão presa, libertei-me!
Das amarras da mente, dos sonhos limitados,
dos desejos esquecidos, dos quereres que não eram meus.
Libertei-me de
mim!!
E não. Não foi um passo de mágica ou um milagre da vida.
Foi a dor a despertar e a gritar por uma alegria que o meu sorriso já não conhecia.
Foi a vontade de voltar a furar padrões, de viver comigo. Plena. Sem amarras. Com a liberdade consciente de me querer livre.
Foi o processo mais doloroso que vivi. Juntei a um corpo preso, as amarras que colecionei na vida que julgava viver em liberdade, mas que, afinal, apenas sobrevivia. A mim mesma, aos outros, ao mundo.
Voltei a estudar. Voltei aos livros, à escola, às formações, aos professores, aos testes e avaliações.
Voltei a mim e a olhar para mim. E encontrei também os outros.
Estudei comportamentos, emoções e sentimentos. Juntei saberes. Fiz formação em Coaching, PNL e desenvolvimento pessoal. Acrescentei uma pós-graduação em Marketing Digital e Formação On-line e delineei um rumo.